Após o voto da ministra Carmen Lúcia formar maioria, o que deixou Bolsonaro inelegível até 2030 por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, os ministros Kassio Nunes Marques e Alexandre de Moraes finalizaram o julgamento da corte eleitoral nesta sexta, 30.
Com o voto contrário de Nunes Marques, e o favorável à condenação dado por Alexandre de Moraes, o placar que decidiu pela inelegibilidade do ex-presidente apontou 5 a 2.
O TSE julga a conduta de Bolsonaro durante reunião realizada com embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação. A legalidade do encontro foi questionada pelo PDT.
Ao divergir da maioria, Marques disse que confia na integridade do sistema de votação, mas ponderou que Bolsonaro não obteve vantagens eleitorais. Para o ministro, houve “confrontação pública” contra o TSE, que também fez uma reunião com embaixadores.
“Considero que a atuação de Jair Bolsonaro no evento sob investigação não se voltou a obter vantagem sobre os demais contendores do pleito presidencial de 2022, tampouco faz parte de tentativa de desacreditar o resultado das eleições”, afirmou.
O TSE também realizou uma reunião com embaixadores no ano das eleições, mas para reforçar a segurança do pleito diante das falas sistemáticas de Bolsonaro contra o sistema de votação.