A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, anunciou nesta quinta-feira, 18, que deixará o cargo em fevereiro.
“Para mim, chegou a hora”, declarou ela em uma reunião com membros de seu Partido Trabalhista. “Não tenho mais energia para mais quatro anos.”
Ardern, que se tornou primeira-ministra em um governo de coalizão em 2017 e conduziu seu partido de centro-esquerda a uma ampla vitória nas eleições três anos depois, viu seu partido e sua popularidade pessoal caírem nas pesquisas recentes.
Em sua primeira aparição pública desde que o Parlamento entrou em recesso há um mês, ela afirmou no encontro anual do Partido Trabalhista que durante esse intervalo esperava encontrar energia para seguir na liderança, mas não conseguiu.
Ardern disse que a próxima eleição geral será realizada em 14 de outubro, e até lá continuará como membro do Parlamento.
A governante disse nesta quinta-feira que estava orgulhosa das ações de seu governo para tornar as moradias mais acessíveis, combater as mudanças climáticas e a pobreza infantil.
“E fizemos isso respondendo a algumas das maiores ameaças à saúde e ao bem-estar econômico de nosso país desde a Segunda Guerra Mundial”, disse ela.
Embora as últimas pesquisas indiquem que uma coalizão dos partidos de centro-direita National e Act vencerá a eleição, Ardern garantiu que esse não é o motivo de sua renúncia.
“Não estou saindo porque acredito que não podemos vencer a próxima eleição, mas porque acredito que podemos e iremos”, declarou.
“Já era hora. Ela prejudicou a economia e os preços dos alimentos dispararam”, disse Esther Hedges, de 65 anos, moradora da cidade de Cambridge, na ilha norte do país.
Mas Cristina Sayer, de 38 anos, considerou Ardern “a melhor primeira-ministra que já tivemos”. “Gosto do tipo de pessoa que ela é, ela se preocupa com as pessoas. Lamento vê-la partir”, acrescentou