O lixo produzido pela sociedade é uma questão permanente no debate das políticas públicas. O ser humano consome e descarta todos os dias alimentos, objetos, roupas, etc. A grande dificuldade enfrentada é o que fazer com esse lixo e de que forma ele pode beneficiar os cidadãos.
Na cidade do Salvador, por exemplo, sabe-se que há um aterro sanitário localizado na rodovia Cia-Aeroporto, onde é recebido o lixo da capital e de cidades da Região Metropolitana. Contudo, o referido aterro encontra-se saturado e, por enquanto, não há uma solução para solucionar o impasse.
Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, a Bahia possui 82,2% de cobertura de coleta domiciliar de resíduos sólidos.
Ainda de acordo com os dados, a Bahia gerou 4,21 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos em 2021. Desse total, 46,8% foi disposto em aterros sanitários; 40,6% em lixão; e 12,6% em aterros controlados. O Estado possui 14 aterros sanitários; 31 aterros controlados; e 224 lixões.
O presidente da Empresa de Limpeza Urbana (Limpurb), Omar Godilho, contou que um dos grandes desafios encontrados em Salvador é a operação de coleta devido ao relevo irregular e o descarte irregular feito pela população.
“A coleta em uma cidade como Salvador já dispõe de alguns desafios geográficos. Salvador é uma cidade de relevo irregular, e com áreas com difícil acesso para o trânsito de veículos coletores. Por isso, a Limpurb dispõe de diversos equipamentos para o serviço, mas mesmo assim ainda se depara com outras dificuldades como o descarte irregular de resíduos de construção civil, poda, inservíveis e volumosos em calçadas e vias públicas, que ocasionalmente inviabilizam a entrada de veículos maiores, e o estacionamento irregular de veículos”, afirmou.
“Além desses desafios logísticos, existe uma dificuldade comportamental: a dificuldade da população de fazer o seu descarte próximo ao horário de coleta. Desta forma, o cidadão evita a poluição do solo, a vinda de roedores e insetos peçonhentos, a transmissão de doenças, odor e acidentes, e contribui para uma cidade mais limpa”, acrescentou.
Por: Bocão News